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FAMÍLIA E ORGASMO VIVO QUE SE MOVE ATRAVÉS DOS CICLOS.

A família vive em constantes movimentos que promove novas aprendizagens conforme mudam os ciclos de vida. Cada fase tem as tarefas a serem desenvolvidas pelos membros da família e os conflitos são inevitáveis, mas para continuar evoluindo se faz necessário buscar um equilíbrio na funcionalidade do sistema e oportunizar o crescimento dos membros que a compõem. Muitas vezes, a família necessita buscar ajuda para se reorganizar e continuar seu desenvolvimento.
A intenção de se ter uma família começa no namoro. Nesta fase do relacionamento cada um vai buscar conhecer o outro e sua família. Os dois focalizam suas energias no futuro,fazendo planos para a realização dos sonhos. Começa então, a separação da família de origem, o treino da autonomia e a discussão de normas e regras para a formação do novo núcleo. Os conflitos que surgem são por ciúmes, dificuldade na formação das regras e de lidar com a autonomia. Depois de um tempo de namoro vem o casamento devendo ocorrendo efetivamente a separação da família de origem e o exercício de autonomia. O casal então procura desenvolver regras próprias e a negociação com a família do conjuge. Nesta fase, os conflitos se instalam pelas lealdades não resolvidas com as famílias de origem. Dependendo de como isso ocorre pode acontecer atraso na formação das próprias regras desta nova familia.Desta forma cada um dos conjuges, ou ambos,criam aliancas com os pais,impondo ao outro suas regras o que leva a disputa de poder.
Com a continuidade do casamento vem os filhos e os pais que eram somente marido e mulher mudam seus papéis.Além do papel conjugal passam a ter tambem o parental, necessitando reformular o contrato matrimonial, definindo a quem compete responsabilizar-se pelas novas tarefas e buscar o equilíbrio nos papéis. No ciclo familiar pode ocorrer o estacionamento no crescimento da relação do casal, e alem disso a comunicação por vezes pode ocorrer através dos filhos. Os filhos crescem e se tornam adolescentes e novas tarefas aparecem e os pais necessitam modificar-se para dar conta delas. Nesta fase necessitam permitir a autonomia dos filhos e preparar-se para a próxima fase e assim reencontrar-se na relação de casal ,onde os conflitos se dão pela dificuldade em reorganizar as hierarquias e falta de ocordo no estabelecimento de novas regras. Neste momento os pais estão também vivendo a crise da meia idade alem da tarefa de permitir a saida dos filhos, desenvolver a relação de iguais, preparar-se para o papel de avós, adaptar-se as mudanças no contexto familiar e social.
Desta forma ao mesmo tempo que os filhos saem de casa muitas vezes ocorre também a morte dos pais, e por estar sentindo-se no vazio não é incomun a invasão na vida dos filhos com uma dependência implícita ou explícita impedindo os filhos de seguir seu ciclo vital. A tarefa nesta fase é de: enfrentar estas perdas ,elaborar luto e encontrar um sentido de vida .Aqui a dificuldade maior e de elaborar estas perdas e encontrar um novo espaço no contexto familiar e social. Com isso, as pessoas tornam-se amargas podendo vir a desenvolver sintomas psicossomáticos e muitas vezes ter morte precoce.
Dependendo da plasticidade cerebral dos pais e da maturidade em entender que ter familia exige responsabilidade para sempre mas diferente em cada fase, a família passará pelos ciclos e formará vínculos saudáveis para enfrentar as adversidades da vida.

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Noemi Paulina Cappellesso Finkler
CRP 08/03539

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Elisa Mara Ribeiro da Silva
CRP 08/03543

CRIANDO EMPRENDEDORES: FAMÍLIA PRIMEIRA ORGANIZAÇÃO E TERRENO FÉRTIL.

A organização familiar é o terreno fértil para plantar a semente que carrega o potencial empreeendedor. Ser empreendedor é ter iniciativa, foco em resultados, persistência, capacidade de buscar conhecimento, correr riscos calculados e comprometer-se com a vida e o que acontece ao seu redor, mas é importante saber onde começa brotar a semente do empreender, o terreno inicial e a organização familiar.
A família começa geralmente com duas pessoas que trazem em suas bagagens emocionais crenças e valores adquiridos em suas relações vinculares e assim se forma o casal. Quando pensam em ter filhos, fazendo assim o registro da família, idealizam ter filhos inteligentes, bem resolvido e autônomos e muitas vezes têm a esperança que este filho venha a resolver suas fragilidades, mas não têm clareza de que a busca deste ideal pensado tem a ver com o jeito como lidam com as próprias fragilidades não resolvidas, desta forma suas crencas e valores recebem este novo componente. Portanto, cada um vem para esta nova organização com o seu ideário do que é ser um membro de organização e que organização é esta que vai formar.
O diálogo entre os componentes sobre o que significa pertencer, quais as tarefas que terá que desempenhar e quais as suas responsabilidade no sistema familiar e de fundamental importância para compreender as diferenças e lidar com elas criando um vínculo afetivo de qualidade. “A família é a primeira organização social onde os membros se organizam no sentido de lidar com seus temores e ansiedades protejendo-se, pela organização que criam e perpetuam, dos perigos de fragmentação e destruição advindos tanto de seu próprio interior quanto de fora dela” (Mayer Luis). Partindo desta idéia de Mayer, a missão da família é auxiliar os indivíduos que a compõe na travessia de uma situação de dependência absoluta para uma gradativa autonomia, sendo a organização familiar a base segura, com os pais apoioando e orientando a condição necessária para que os filhos venham a desenvolver o potencial empreendedor, tornando-os seres autônomos e interdependentes.

Criar empreendedores é uma tarefa da família, da mesma forma como um cultivador acredita no potencial de sua semente e utiliza-se de sabedoria para a escolha do terreno, observando e respeitando as caracteristicas e o tempo certo para o plantio. O que se quer dizer com isso? Crer no potencial da semente é observar seu filho, incentivando-o a testar suas compentências e lidar com suas frustrações, tentando de novas maneiras até obter o melhor de si, tendo a segurança do apoio do cultivador que com amor e sabedoria dá o suporte necessário em cada fase. Além disso é essencial escolher o terreno e pesquisar com quais outras organizações a família se identifica.
É importante que os pais oportunizem um conhecimento amplo de outras realidades focando e possibilitando a reflexão para escolhas de caminhos e tomadas de decisão, observando as características e o tempo, além de considerar que cada pessoa poderá fazer coisas que estejam de acordo com seu perfil e com sua maturidade. A supervisão dos pais sincronizados, criando um ambiente de respeito a novas visões, requer qualidade de tempo e consciência de que ser pai e mãe é mão de obra que não pode ser tercerizada, mas podem os pais buscar assessoria para assegurar que esta semente transforme-se e venha a se tornar o melhor dela. Sendo um cultivador atento saberá quando a semente deve ser banhada pelo desejo da transformação e observar a cada estação qual a atitude de cuidado necessários para que possa crescer e dar bons frutos. O desejo é o que move o ser na busca do tornar-se, portanto, quando os pais dão aos seus filhos tudo o que eles pedem, a fonte do desejo seca e o potencial tende a murchar e morrer.

Esta idéia emprestada da observação da natureza para entender o ser humano e sua dinâmica de transformação, facilita a compreensão de interdependência e de cuidado que os pais necessitam ter para auxiliar seus filhos a crescer e tornar-se empreendedores. Ter consciência é tornar claro através do diálogo e das atitudes o que esta organização tem como valores, sendo os pais com seu agir no mundo, exemplo a ser seguido, o que os torna parceiros de caminhada na viajem que é a vida. Deste modo, o verbo tem peso, mas as atitudes coerentes peso muito maior. “Ensina a criança no caminho em que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele” (Provérbios 22:6.)
Assim sendo, vamos cultivar este empreendedor e procurando identificá-lo nas organizações empresariais, dando continuidade à obra que se iniciou na família, tornando-se cultivador de sementes que darão bons frutos na comunidade e semente para as novas gerações e, assim como na natureza, dando início a um novo ciclo. O empreendedor é a pessoa que tem esta visão ampla e acredita nela, entendendo que a idéia da impossibilidade, dita pelos outros, é apenas uma opinião, como afirma o filósofo e educador Mario Sergio Cortela, em sua palestra da Conexão Empresarial.

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Noemi Paulina Cappellesso Finkler
CRP 08/03539

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Elisa Mara Ribeiro da Silva
CRP 08/03543

POEMA PARA DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

Imaginemos Sociedades
de Mulheres e Homens
Cultivando sua igualdade de seres humanos
Na diversidade de suas diferenças sexuais

Homens e Mulheres
Crianças-jovens-adultos-idosos
Cultivando sua igualdade de seres humanos
Na diversidade de gerações

Mulheres e Homens
Brancos, negros, amarelos
Cultivando sua igualdade de seres humanos
Na diversidade de cor, raça etnia

Homens e Mulheres
Com ou sem necessidades especiais
Cultivando sua igualdade de seres humanos
Na diversidade de condições psicofísicas

Mulheres e Homens
Cultivando sua igualdade de seres humanos
Na diversidade de culturas, religiões,
territórios, países, nações.

Este e o NOVO HORIZONTE
De “um outro mundo possível”
Para o qual aponta o desejado
Equilíbrio Masculino-Feminino.

Por acreditar “Um outro mundo e possível” com Novas Relações Sociais de Gênero
Que se manifestam na Equidade que respeita a Diversidade Social
Como condição de garantir a Igualdade de Direitos Humanos…
A esta causa dedico grande parte de minha existência.
Moema Viezzer

RTC Alianca, Toledo, 08.03.2016

QUEM JULGA SUA VIDA ?

Diante de um conflito na vida das relações é recomendável se analisar o fato e buscar o caminho mais adequado para reparar os danos, de tal forma que os envolvidos possam continuar suas vidas e os relacionamentos sem traumas. Porém, o que se tem observado é que a inflexibilidade, a falta de paciência e de disponibilidade em buscar soluções levam as pessoas à Justiça para que alguém que lhes dê solução, aliás, por vezes não necessariamente solução senão a confirmação de estarem certas, validando seu ponto de vista. Essa realidade aumenta o número de processos que se arrastam por longo tempo no Judiciário e deixa a vida dos envolvidos amarrada a uma lide, na esperança que um terceiro venha julgar o que muitas vezes só os envolvidos são capazes de avaliar e mensurar quanto ao dano emocional causado e, compreender qual a parcela de cada um no conflito oportunizando a aprendizagem da resiliência.

A falta de hábito em fazer uma autoanálise com o objetivo de colocar-se no lugar do outro e entender o conflito na busca de soluções em conjunto é uma das causas da juridicialização dos conflitos interpessoais. O aumento do número de processos abarrotando os Tribunais faz com que a demanda seja maior do que o Judiciário possa dar conta e isso prejudica a celeridade processual. Algumas reflexões neste momento são pertinentes: O que está acontecendo com a humanidade? Que lutas internas estão travando? Que cegueira emocional é esta? Que sentimento impossibilita o colocar-se no lugar do outro? O que determina se ver sempre como vitima e acreditar que o outro é quem deve reparar os danos? O radicalismo seja ele qual for é uma trava para que novas possibilidades surjam e tragam novos horizontes. É preciso estar disposto a rever conceitos, a fazer análises mais profundas e se modificar para um bem maior, onde o importante não só o meu, nem só o seu, mas o todo. Aquele que harmoniza as relações compreende e consegue escutar o ponto de vista do outro. Diante desta realidade, alternativas estão sendo propostas pelo próprio Judiciário para a solução de conflitos, como a mediação e conciliação. Por meio destas, busca-se de forma neutra ouvir as partes e principalmente fazer com possam reestabelecer a comunicação apoderando-se da capacidade de resolver seus conflitos.
A sentença é uma decisão fria, pela qual o Juiz a partir de um “pedido escrito”, por meio da argumentação de um representante e suas provas deverá aplicar a lei. Porém, diante da complexidade das relações e dos sentimentos do ser humano, nem tudo se consegue transcrever nem analisar minuciosamente, o que faz com que os operadores do Direito se utilizem de vários casos com similaridade para interpretar a Lei e dar uma sentença favorável a uma das partes. Assim, sempre haverá um vencedor e um perdedor e nada se modifica. Um bom mediador oportuniza a reflexão, o entendimento do que está além dos pedidos processuais. Possibilita olhar pessoas em interação que possuem sentimentos os quais muitas vezes podem cegar a capacidade de encontrar soluções. E principalmente, propicia validar a vontade latente de se ver atendido, escutado, mesmo que não tão vitorioso.

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Noemi Paulina Cappellesso Finkler Noemi
CRP 08/03539

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Elisa Mara Ribeiro da Silva
CRP 08/03543

O QUE SE FALA E O QUE SE VIVE?

Todo o ano no dia 12 de junho aqui no Brasil comemoramos o Dia dos Namorados, e cada pessoa busca um jeito criativo, ou repetitivo, para demonstrar o seu sentimento. Muitas vezes ouvimos que o gesto dispensa a palavra. Neste dia muitas pessoas esperam dar ou receber sua manifestação de amor com gestos, palavras ou ambos. Mas será que nesses dias todos se sentirão felizes? O que um quer comunicar e o que o outro recebe será que é a mesma coisa? Qual o peso da palavra ou desse gesto?

Transitando no campo da subjetividade, sabemos que muitas vezes tentamos dizer o que sentimos, mas nem sempre a fala dá conta do que queremos dizer. É difícil comunicar o que se passa no mundo subjetivo. As expectativas nem sempre são correspondidas, pois as pessoas escutam e interpretam segundo sua forma de ser, de ver e sentir o mundo. Um diz uma coisa e o outro entende outra. Nesse dia, ainda, as pessoas recebem pela mídia, focada no comércio, a mensagem que o tamanho do presente é o que determina o tamanho de seu amor. Então, pessoas fazem sacrifícios se endividando para comunicar por meio de um objeto/presente o que sentem pelo outro e durante o resto do ano esquecem de criar uma sintonia com o parceiro em um ambiente de confiança onde possa expôr suas fragilidades e ser acolhido. No início do relacionamento as pessoas vivem mais a idealização. Cada um quer agradar o outro e quer também atender o ideal do outro, logo existem menos conflitos oriundos das divergências de ideias. Porém, a medida que a convivência aumenta e o relacionamento fica mais complexo, os conflitos tendem a se intensificar e o diálogo se faz necessário para o crescimento de cada um e do relacionamento. A palavra dita e a palavra ouvida com atenção e compreensão promovem o entendimento, um novo jeito de lidar com os conflitos e possibilita uma maneira de viver que agrada a ambos.
Como a palavra tem força e o entendimento é difícil, para que o amor cresça e o relacionamento evolua a terapia de casal é um bom caminho para desenvolver a escuta e a fala com respeito, admiração e empatia. Portanto, buscar a terapia pode ser um ótimo presente para Dia dos Namorados, e quem irá agradecer é a relação.

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Noemi Paulina Cappellesso Finkler
CRP 08/03539

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Elisa Mara Ribeiro da Silva
CRP 08/03543

O DITO E O NÃO DITO NOS RELACIONAMENTOS.

As adversidades nos relacionamentos estão em grande parte associadas às dificuldades de comunicação, basicamente ao que um diz e ao que o outro entende. Isto ocorre porque as mensagens são decodificadas pelo mundo subjetivo e os juízos de valores que cada um carrega em si. As pessoas ao expressarem o que pensam ou sentem quanto a determinados assuntos estão emitindo crenças, opiniões e vontades de seu mundo subjetivo. Aquele que ouve, que possui um outro jeito de ser, pensar e entender as coisas, irá interpretar a partir de seu próprio mundo a mensagem e o conteúdo enviados, e é esse mecanismo de diferentes interpretações que irá ocasionar os conflitos no universo das relações. A interpretação errônea do que um diz e o outro entende leva a tomadas de decisões muitas vezes precipitadas, tais como: rompimentos de relacionamentos, tristezas, solidão, silêncios que produzem a paralização do crescimento das pessoas e das relações. O comportamento de choro ou a alteração da voz em uma discussão mais acalorada leva com frequência ao desentendimento do que se quer comunicar, pois depende do significado que cada um dá a essas manifestações emotivas. Quando alguém parte do pressuposto que a alteração de voz, choro ou falta de olhar tem o significado de um “cala a boca” quem ouve, diante disso, pode se calar e não mais voltar a falar no assunto. O silêncio produzido e assumido pelos envolvidos cria um código de assuntos proibidos para evitar ter novos conflitos e sensações desprazerosas e afastamentos. Por outro lado, muitas vezes as pessoas, devido a sensação de não terem sido compreendidas, tornam-se repetitivas. Ainda, o fato de não terem recebido a resposta que esperavam segundo sua subjetividade e seu juízo de valores, continuam perguntando e esperando aquela resposta que muitas vezes não vem, ou vem para encerrar o assunto. Em outras situações, as pessoas acreditam que as coisas devem ser feitas seguindo sua experiência, seu conhecimento e seu querer, e esquecem que o outro é diferente de si, e este acaba agindo de acordo com seu próprio ponto de vista. Assim sendo, nas relações surge uma vida insustentável, de conflitos e desavenças, onde cada um acaba se perguntando: será que tem saída? Como se esta fosse unicamente o outro aceitar e agir como se quer e se entende a vida e as relações.
Arriscamos aqui colocar o significado de liberdade e crescimento nas relações. Uma relação que pretende chegar à maturidade necessita a aceitação um do outro que se faz por meio do dito e feito, em um terreno emocional favorável que permita ouvir com atenção para compreender os valores e o mundo subjetivo do outro. No entanto, sabemos que isso não é fácil e por esta razão as pessoas buscam a ajuda de um terapeuta de casal, família ou de grupo para auxiliar na tradução da mensagem que se deseja comunicar, bem como levar cada um conhecer a si mesmo e identificar o que carrega como verdades que dificultam seu crescimento e de suas relações. Então, dizer é importante quando o outro ou outros estão em condições emocionais favoráveis para ouvir e transformar-se com a informação comunicada em um convívio mais livre e maduro, com respeito e empatia.
Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Noemi Paulina Cappellesso Finkler Noemi
CRP 08/03539
Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Elisa Mara Ribeiro da Silva
CRP 08/03543

EMPATIA E RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Empatia

Estamos vivendo um momento de muita crise nos relacionamentos interpessoais, seja ele no âmbito familiar, profissional, empresarial ou de negócios. Diante de tantas mudanças, valores e posturas distintas no mundo em que vivemos, e principalmente pela tentativa de cada um de salvar a própria pele, não se consegue chegar a um bom termo nas desavenças, e não raramente as pessoas movem processos para tentar tirar o máximo que podem da situação e do outro, muitas vezes inviabilizando a continuidade dos relacionamentos. Assim sendo, a empatia vem em auxílio a esses conflitos.

Empatia é o processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro, na realidade do outro. E com isso busca compreender como o outro se sente, pensa, e quais as razões que o fazem agir de determinada maneira. Ser empático é compreender a percepção do outro, sua razão, seu mundo. Essa percepção possibilita entender o que se passa com outro. E além disso, propicia a aceitação do outro, o que beneficia uma solução que atenda a todos ou que minimize os danos.

No âmbito familiar, surgem os conflitos quando se exige que o outro desempenhe atividades, assuma responsabilidades ou tenha certos comportamentos que se acredita ser coerentes, sem perguntar ou observar que sejam possíveis. Muitas vezes, as exigências não são passíveis de serem executadas por aquele que exige. Outras, que não se quer realizar, mas que são necessárias, passam a ser determinadas, tais como: cuidar de familiares dependentes sacrificando a vida somente de um; assumir o financeiro sem querer saber da realidade possível, etc. Em processos de separação, na divisão dos bens, é comum que cada um ache que tem mais direitos e menos deveres. Se as pessoas avaliassem o que é justo, colocando-se no lugar do outro, evitariam muitos conflitos, inclusive para os filhos. Compreender que na criação dos filhos, pais e mães têm igual responsabilidades, devendo assim dividir igualmente o cuidado e acompanhamento da prole, facilitaria a vida de todos, no entanto diante da dificuldade de empatia, surgem sentimentos de vitimização e injustiça.

No campo profissional, percebe-se exigências para que se produza mais por menos, para que se realize tarefas mesmo sem competência para tal, com sobrecarga, ou inviáveis, fazendo com a pessoa se sinta desvalorizada. Por outro lado, o colaborador também não consegue se colocar no lugar da empresa e avaliar sua condição diante de uma crise econômica, quando deveria se colocar a maior disposição, comprometer-se mais e trabalhar buscando soluções e não somente direitos. É muito comum quando as pessoas querem se desligar da empresa solicitar que o empresário faça “acertos” que na verdade são erros, pois quem solicita se desligar deveria seguir as regras das leis trabalhistas. Colocar-se no lugar do outro é também pensar como seria se o proprietário da empresa dissesse: “preciso demitir você, mas como não posso indenizar sua demissão preciso que peça o desligamento”. Nas relações comerciais, compromissos assumidos em um momento sem crise econômica, quando a crise aparece é difícil rediscutir, repensar e buscar uma nova solução para ambos, quando não há empatia.

Para que as relações possam continuar saudáveis e o momento de crise se estabilize é muito importante conseguir analisar a situação de forma global colocando-se no lugar do outro para se chegar a uma nova configuração, perdendo-se em um momento e ganhando em outro, e assim viver uma vida no mínimo interessante.

 

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Noemi Paulina Cappellesso Finkler Noemi
CRP 08/03539

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Elisa Mara Ribeiro da Silva
CRP 08/03543

TERAPIAS ALTERNATIVA E O MERGULHO NA COMPLEXIDADE DO SER.

Queremos aqui refletir sobre as escolhas que as pessoas fazem para aliviar suas dores e angústias em busca de um bem estar imediato. Hoje muitas “terapias” surgem nas mídias ou nas experiências que muitos se submetem com “promessa de felicidade”. Porém, a existência de cada um, suas diversas interações e consequentes tomadas de decisões são complexas. Vale ressaltar que o mundo subjetivo, próprio de cada ser, no que se é e se sente internamente, é de difícil entendimento. Logo, se alguém quiser tirar de si as dores mais íntimas e arraigadas deve mergulhar nas profundezas do seu eu. Para adentrar nesse mar de incertezas, sugerimos a escolha de um instrutor que tenha sabedoria, conhecimento técnico-científico e paciência para acompanhar o passo a passo nessa busca de dias melhores, pois sabemos que a imperícia e a imprudência na busca de solução para o mal estar é que poderá nos afogar nas turbulências da vida.
A pessoa em sofrimento começa a se questionar o que deve fazer para se livrar da dor e receitas e indicações não faltam por parte de conhecidos, amigos e internet. Muitas vezes nesta busca de alívio imediato perde a oportunidade de descobrir o quanto pode aprender e se reconstruir com essa dor. Ao contrário, fica procurando novos mares, nadando na superficialidade de seu eu, pois aprofundar-se e compreender a si mesmo e suas relações requer apropriar-se de sua história e comprometer-se com sua vida e suas escolhas. Para isso, não pode transferir a outros o poder dessa transformação, precisa correr os riscos e enfrentar os próprios monstros de seu mar, o que só é possível com um instrutor que empaticamente se disponha a acompanhá-lo e orientá-lo, entendendo que o mergulho é necessário para que continue aprofundar-se cada vez mais e assim encontrar seus tesouros mais significativos.
A escolha de ficar na superfície ou mergulhar profundamente deve ser de cada um. Porém, na superficialidade tem o que boia, o que não tem peso, o que todos veem e fica-se a mercê dos ventos, das marés, do “outro”. Nessa compreensão de soluções encontra dietas e curas milagrosas que têm a função de embaçar a visão e manter a busca constante sem direção. Com isso espera que o médico tenha o poder da cura por meio da administração de uma medicação eficaz, ou que outros tratamentos ou terapeutas imediatamente lhe explique o porquê de sua dor, eliminando-a. Espera ainda que o parceiro ou parceira o faça feliz, tendo que advinhar/descobrir o que necessita e em consequência faça o que muitas vezes não consegue fazer, descompromissando a si mesmo. Que seu filho e/ou filha realize seus sonhos, pois “faz tudo por ele e/ou ela” abrindo mão do que um dia desejou.
Muitos tratamentos e métodos hoje oferecem o alívio imediato a angústias, mas expõem a história, as dores e defesas mais profundas. Para se compreender os acontecimentos que por muito tempo se acentaram no fundo do nosso ser é necessário se entender a complexidade das interações que os fizeram adormecer. Tirá-los e manipulá-los sem cuidado adequado do lugar que se encontra é abrir feridas nas relações e história de vida que trarão com o tempo sequelas ainda maiores.
Para se viver bem, profunda e intensamente, precisa-se inicialmente conhecer a si mesmo e entender suas relações. Para dar conta de sua vida se faz necessário implicação. E implicar-se é provocar uma ação em si. Uma das ações recomendada é o processo psicoterapêutico, com psicólogo que tenha conhecimento na área que se quer intervenção, para assim se ter um mergulho seguro, pois o instrutor deve iluminar o caminho com cuidado e no tempo possível, para que o mergulhador possa enxergar os perigos existente, além de desenvolver as habilidades para enfrentá-los, pois só assim poderá enxergar os tesouros que possui e tomar posse deles para uma vida mais rica e uma vivência mais saudável em seu mundo de relações e realizações.
Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Noemi Paulina Cappellesso Finkler Noemi
CRP 08/03539
Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Elisa Mara Ribeiro da Silva
CRP 08/03543

ANSIEDADE, COMO ENTENDÊ-LA?

O Transtorno de Ansiedade muitas vezes acaba sendo confundido com ansiedade situacional e por esta razão um bom diagnóstico, com profissional capacitado, que possa indicar um tratamento eficaz ou encaminhamento para a resolução da situação que desencadeou os sintomas é imprescindível. A ansiedade é uma característica biológica do ser humano que se manifesta como uma sensação ou sentimento decorrente da excitação do Sistema Nervoso Central ao interpretar uma situação de perigo. Diante do perigo a reação de medo é inevitável, porém o medo se refere a um objeto real, palpável, já a ansiedade se refere à estímulos de características subjetivas.

Evoluímos e nos civilizamos, não temos mais predadores que ameaçam nossas vidas. No entanto, há momentos em que a pressão social se torna muito pesada com tantas exigências externas ou internas (passar no vestibular, no concurso, tirar boa nota, provas, conseguir um bom emprego, ser bem sucedido, casar, ter filhos etc…) o que faz nos sentimos emocionalmente ameaçados. Essas exigências desencadeiam sensações de medo e insegurança de não conseguir atingir o resultado esperado. Tal receio se apresenta como sintomas de ansiedade, sejam: sudorese na palma das mãos, planta dos pés, distúrbios gastro-intestinais, taquicardia, distúrbios do sono, inquietação que pode levar a pessoa a ter compulsão alimentar, uso de substâncias psicoativas ou de medicações na tentativa de aliviar tais sensações. A dificuldade para entendermos os sintomas ou a fragilidade das pessoas em enfrentá-los é que muitas vezes levam a cronificação da ansiedade. Nossa sociedade não está preparada para acolher pessoas com determinadas vulnerabilidades e tendem a isolá-las ao invés de oferecer ajuda ou encaminhamento adequado. Por esta razão o acolhimento, com respeito, por um profissional que compreenda a pessoa, seus sintomas, e a ajude a entender, aceitar e superar seus conflitos e fragilidades, possibilitando-a encontrar novos olhares para a situação que se apresenta, é que poderá lhe dar a oportunidade para que vislumbre novos caminhos e canalize sua ansiedade para atitude produtiva, dirigida para uma ação realizadora.
Não somos senhores da sabedoria de tudo que nos apresenta. Não temos a obrigação de conhecermos todas as respostas. Pelo contrário. Somos seres humanos, fragilizados por uma sociedade exigente que pouco nos tem ensinado a suportar frustrações. Precisamos aprender a lidar com nossas ineficiências. Não com justificativas. Mas com a capacidade de entender que não podemos ser tudo para todos. O medo (ou ansiedade) diante da realidade que desconhecemos e da impossibilidade de correspondermos a tantas expectativas é inevitável, nos cabe então percebermos nossas fragilidades para paradoxalmente nos fortalecermos para realizarmos os enfrentamos necessários.
Óbvio que esta tarefa não é fácil e sozinhos nos sentimos ameaçados. Portanto, o processo terapêutico, com técnicas cientificamente comprovadas e profissional qualificado, ajuda a não só entendermos nossa ansiedade, mas também não vê-la como uma vilã, e sim como uma energia que bem canalizada auxilia nosso crescimento.

A ansiedade é um sinal de alerta, de um possível perigo eminente, porém não o é perigo. Ao evitarmos a ansiedade evitamos o cuidado devido. Devemos aprender a sentir. E não nos anestesiar da realidade. Um bom profissional poderá nos acompanhar e auxiliar para uma caminhada mais segura, de um caminho nem tão conhecido, no entanto com uma bagagem melhor estruturada e orientada para o futuro a trilhar.

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Noemi Paulina Cappellesso Finkler Noemi
CRP 08/03539

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Elisa Mara Ribeiro da Silva
CRP 08/03543

NA REALIDADE ATUAL, COMO SOLUCIONAR PROBLEMAS?

Nesse momento de instabilidade econômica e política que estamos vivendo, a sensação de medo e insegurança tomam conta de um grande número de pessoas, sejam elas colaboradores ou empresários, que por não conseguirem vislumbrar o futuro sentem-se vulneráveis. Os colaboradores temem pela demissão e os empresários temem não conseguir honrar os compromissos assumidos. Ambos, diante disso, com a ideia de buscar uma saída e “salvar sua própria pele”, muitas vezes tomam atitudes individualistas perdendo o espírito de equipe. O problema é que vivemos em uma realidade interdependente e nossas atitudes, mesmo não desejando, irão interferir de alguma forma no meio que estamos inseridos.

É tempo de reinventar. Nada melhor para isso do que vencer a barreira que separa o eu do nós e criar equipes que se motivem na busca de soluções, pesquisando as necessidades do momento, vislumbrando oportunidades para evoluir nesse contexto, vencendo o medo do futuro. Pessoas conectadas sentem-se mais seguras por poder contar com outras que contribuam com ideias e visões diferentes para pensar no problema e encontrar soluções. Porém, com frequência encontramos nesses momentos pessoas que só apontam culpados e identificam vítimas e com isso perdem tempo e talento. Esses poderiam ser melhor aproveitados se utilizados para a busca de novos caminhos e criação de novos produtos e serviços que satisfaçam as necessidades da sociedade.
Em situações ameaçadoras, dois comportamentos são observados: o de luta ou de fuga. Para qualquer um destes, é importante haver uma análise. Qual a consequência da fuga? Que estratégia de luta é mais adequada? No mundo corporativo, em situações como a que vivemos, é comum as pessoas realizarem rotinas de trabalho exaustivas sem ouvir ninguém, acreditando que sozinhas vão salvar sua “pele”, mas se sobrecarregam a ponto de não poder suportar. Outros, para fugir da situação sem se importar com o que acontece com os demais tomam decisões impulsivas e embarcam em qualquer proposta nova que aparece e com o tempo encontram-se na mesma situação: frustrados e sem rumo.
Portanto, se a situação causa medo e insegurança se faz necessário uma análise do contexto com outros olhares, com pessoas que tenham conhecimento técnico para olhar de fora, com critérios e cuidados que permitam orientar para continuar na luta, ou sair na busca de novos caminhos com estratégias adequadas de intervenção.

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Noemi Paulina Cappellesso Finkler Noemi
CRP 08/03539

Psicóloga – Terapeuta Familiar e de Casal
Elisa Mara Ribeiro da Silva
CRP 08/03543